sábado, 18 de fevereiro de 2017

COMANDANTE DA PM E CHEFE DA POLÍCIA CIVIL DEIXAM O CARGO EM PE


Às vésperas do carnaval, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D'Alburque, e o chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, foram retirados das chefias em consequência dos altos índices de violência registrados no estado; entidades que representam as duas polícias (Civil e Militar) também reclamaram da revisão dos salários e das condições de trabalho, outro motivo para a demissão dos comandantes

Pernambuco 247 - Às vésperas do carnaval, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D'Alburque, e o chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, foram retirados das chefias nesta sexta-feira (17) em consequência dos altos índices de violência registrados no estado - dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social apontaram que, nos 31 dias do mês de janeiro deste ano, Pernambuco teve 479 homicídios, o maior número de assassinatos no estado dos últimos dez ano. Há uma década, em janeiro de 2007, foram contabilizadas 459 mortes violentas.

Entidades que representam as duas polícias (Civil e Militar) também reclamaram da revisão dos salários e das condições de trabalho, outro motivo para a demissão dos comandantes. O delegado Joselito Kehrle do Amaral, diretor Integrado Metropolitano, assume a Polícia Civil, e a PM será chefiada pelo coronel Vanildo Neves de Albuquerque Maranhão Neto, da Diretoria Integrada Especializada.

Policiais e bombeiros militares de Pernambuco terão aumentos entre 25% e 40%, reajuste publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (17), depois de sancionado pelo governador Paulo Câmara. Segundo o executivo, além de propor correções nos salários nos meses de maio de 2017 e abril e dezembro de 2018, a lei nivela os salários dos militares com a Polícia Civil. O reajuste vai gerar um impacto de R$ 303 milhões na folha de pagamento de 2017.

Profissionais das categoria, no entanto, têm demonstrado insatisfação com o percentual oferecido pelo estado e dizem os valores não atendem aos anseios da tropa.

Crise na segurança

Além da insatisfação de policiais com salários e condições de trabalho, as estatísticas são desfavoráveis ao estado. Os 479 homicídios apenas em janeiro deste ano representam 10,69% do total registrado em todo o ano de 2016, além de ser o maior número de assassinatos no estado dos últimos dez anos para o mês de janeiro.

No Recife, 70 assassinatos foram registrados no mês passado, o equivalente a 10,63% dos 658 casos de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLI) registrados no ano passado na capital. Na série anual, foram contabilizados 4.479 homicídios no estado em 2016, o número mais alto desde 2009, dois anos após a criação do Pacto Pela Vida.

Também aumentou o número de roubos e furtos de celulares no estado, com alta de 47% no ano passado. No País, o aumento de roubos de celulares foi de quase 50% no mesmo período.

Segundo dados divulgados pela assessoria da pasta, no final do mês passado, o número de homicídios em Pernambuco aumentou 44,5% em três anos, se comparar os 4.479 homicídios no estado com 3.101 de 2013, o melhor ano do Pacto Pela Vida.

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